sexta-feira, 27 de abril de 2012

HISTÓRIA DA INDÚSTRIA TÊXTIL NO BRASIL

sexta-feira, 20 de abril de 2012



Talvez poucos saibam que o processo de industrialização no Brasil teve seu início com a indústria têxtil. Suas raízes precedem a chegada e a ocupação do País pelos portugueses porquanto os índios que aqui habitavam já exerciam atividades artesanais, utilizando-se de técnicas primitivas de entrelaçamento manual de fibras vegetais e produzindo telas grosseiras para várias finalidades, inclusive para proteção corporal.Todavia, partindo-se do princípio de que tudo teria começado com a efetiva ocupação do território brasileiro, ocorrida em 1500, podem ser identificadas quatro etapas importantes para a definição da evolução histórica da indústria têxtil no país: a fase colonial, a fase de implantação, a fase da consolidação e a fase atual que passaremos a analisar na seqüência.
Fase Colonial
No período colonial, que se estende de 1530 até 1822, a característica fundamental é a incipiência da indústria têxtil, além de sua descontinuidade. As diretrizes da política econômica para as colônias eram ditadas pela Metrópole. Assim, era comum a adoção de políticas de estímulo ou restrição, segundo seus interesses ou necessidade de cumprimento de acordos comerciais com outros países.

Instrumentos restritivos:
Em 1785, por Alvará de d. Maria I, mandou-se fechar todas as fábricas de tecidos de algodão, lã e outras fibras, com exceção daquelas que fabricavam tecidos grosseiros destinados à vestimenta de escravos e para enfardamento ou embalagens. A determinação da extinção das fiações e tecelagens existentes no Brasil tinha como objetivo evitar que um número maior de trabalhadores agrícolas e extrativistas minerais fosse desviado para a indústria manufatureira.Essa restrição foi posteriormente reforçada em instruções de outros membros do governo da Metrópole, tais como a do ministro dos Negócios Ultramarinos, que determinava ser absolutamente necessário ‘abolir do Brasil ditas fabricas’, advertindo ao vice-rei Luiz de Vasconcelos e Souza, no sentido de ter “grande cuidado em que debaixo do pretexto dos sobreditos panos grosseiros se não manufaturarem por modo algum os que ficam proibidos”.

Em síntese, o famoso Alvará é extremamente representativo do poder coercitivo que exercia a autoridade central colonizadora sobre qualquer esforço de desenvolver-se uma atividade manufatureira, quer por parte dos nativos, quer pelos próprios colonos portugueses.

Com a chegada de Dom João VI ao Brasil, o Alvará de d. Maria I foi revogado, mas o surto industrialista que poderia ter-se verificado não ocorreu. Ao contrário, foi aniquilado em razão de medidas econômicas de interesse da Metrópole que assinara em 1810 um tratado de aliança e comércio com a Inglaterra, instituindo privilégios para os produtos ingleses, reduzindo-se os direitos alfandegários para 15%, taxa essa inferior até mesmo à aplicada para os produtos portugueses que entrassem no Brasil. Com isso, nossa incipiente indústria têxtil não tinha como competir com os tecidos ingleses, perdurando essa situação até 1844, quando novo sistema tarifário veio comandar o processo evolutivo da industrialização brasileira.
Fase de Implantação
Instrumentos de Estímulo:

Em 1844, esboçou-se a primeira política industrial brasileira, quando foram elevadas as tarifas alfandegárias para a média de 30%, fato que provocou protestos de várias nações européias. A medida propiciou realmente um estímulo à industrialização, especialmente para o ramo têxtil, que foi o pioneiro desse processo.Contudo, o processo da industrialização não se deu de imediato; ele foi lento, podendo ser considerado o período de 1844 até 1913 como fase de implantação da indústria no Brasil.

Em 1864, o Brasil já tinha uma razoável cultura algodoeira, matéria-prima básica da indústria têxtil, mão-de-obra abundante e um mercado consumidor em crescimento. Outros fatores não-econômicos também influenciaram a evolução da indústria têxtil, dentre os quais citam-se: a guerra civil americana, a guerra do Paraguai e a abolição do tráfico de escravos, fato este que resultou na maior disponibilidade de capitais, antes empregados nessa atividade.Assim, em 1864 estariam funcionando no Brasil 20 fábricas, com cerca de 15.000 fusos e 385 teares. Menos de 20 anos depois, ou seja, em 1881, aquele total cresceria para 44 fábricas e 60.000 fusos, gerando cerca de 5.000 empregos. Nas décadas seguintes, houve uma aceleração do processo de industrialização e, às vésperas da I Guerra Mundial, contávamos com 200 fábricas, que empregavam 78.000 pessoas.Matéria retirada do site Textilia

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Agreste pernambucano é o segundo maior produtor têxtil do Brasil


Polo de Confecções abarca 13 cidades do interior do Estado que, somadas, produzem 800 milhões de peças por ano e movimentam R$ 3,5bilhões

Reprodução/TV Globo


O setor têxtil de Pernambuco é bastante forte. Embora presente em todo o território, é no Agreste, mais precisamente nos municípios de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Surubim e Toritama, que se concentram pouco mais de 18 mil empresas do setor, capazes de produzir até 800 milhões de peças por ano.

Segundo Fredi Maia, diretor administrativo do Sindicato da Indústria do Vestuário de Pernambuco (Sindvest), a denominação ‘Polo de Confecções’ surgiu em 2002, quando foi elaborado um projeto apresentado ao Sebrae denominado Projeto de Desenvolvimento do polo de Confecções do Agreste.

“O objetivo era conhecer a realidade e desenvolver empresas nos município de Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe”, revela o diretor. Hoje, outros nove municípios fazem parte do polo. São eles: Taquaritinga do Norte, Brejo da Madre de Deus, Gravatá, Cupira, Agrestina, Belo Jardim, Pesqueira, Vertente e Riacho das Almas.

O polo fatura R$ 3,5 bilhões anuais e conta com 120 mil empregados diretos, firmando-se como segundo maior produtor de vestuário do Brasil, atrás apenas de São Paulo.

Está em andamento um planejamento estratégico para fazer do Estado o melhor ambiente de negócios para a moda. Para isso, um esforço por parte de entidades como a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD/Diper), Sebrae e Sindivest é realizado no intuito de fomentar, entre outras coisas, a pesquisa tecnológica e proporcionar alternativas para desenvolvimento sustentável, peças-chave no caminho do progresso.

Fredi Maia explica, ainda, que o polo funciona como uma cadeia produtiva, em que empresas de diversos ramos, como botões, linhas e lavanderias, atuam de forma dinâmica.

A obtenção de tecido, entretanto, ainda é deficitária. O material adquirido no Estado não chega a 30% do total, que acaba sendo importado de São Paulo, Minas Gerais, Ceará e outros Estados.

Pernambuco tem certa tradição no segmento, mas a produção, segundo Maia, só começou a ter participação significativa na economia a partir da década de 1980, quando um financiamento do Banco do Brasil proporcionou a chegada de máquinas de costura em larga escala no município de Santa Cruz do Capibaribe.

“Com melhorias na infra-estrutura, nas políticas fiscais e na qualificação de mão-de-obra, teremos plenas condições de ser o maior produtor do setor no Brasil, tanto em qualidade como em quantidade. Existem aqui duas coisas fundamentais: coragem de empreender e um centro emissor de tendências: Pernambuco tem uma cultura própria, capaz de emitir ideias para todas as regiões”, pontua o diretor do Sindivest.

GOVERNO

Desde 2003, quando o Sindicato conseguiu apresentar para o Governo do Estado a dimensão do setor, uma política de desenvolvimento foi direcionada para o polo. Foram criados o Centro Tecnológico da Moda (CTM), uma lei de redução de ICMS foi promovida, e diversas ações em prol do meio ambiente foram tomadas, sem falar no trabalho de divulgação das empresas para as outras regiões do País.


indústria têxtil tem como objetivo a transformação de fibras em fios, de fios em tecidos e de tecidos em peças de vestuário, têxteis domésticos (roupa de cama e mesa) ou em artigos para aplicações técnicas (geotêxteisairbagscintos de segurança etc.). As industrias têxteis tem seu processo produtivo muito diversificado, ou seja, algumas podem possuir todas as etapas do processo têxtil (fiação, tecelagem e beneficiamento) outras podem ter apenas um dos processos (somente fiação, somente tecelagem, somente beneficiamento ou somente fiação e tecelagem etc).
A manufatura dos tecidos é uma das mais velhas tecnologias do homem. Os tecidos conhecidos mais antigos datam aproximadamente do ano de 5.000 AC. As primeiras fibras a serem transformadas em fios e tecidos foram o linho e o algodão.
automação da indústria têxtil coincidiu com a Revolução Industrial, quando as máquinas, até então acionadas por força humana ou animal, passaram a ser acionadas por máquinas a vapor e, mais tarde, motores elétricos. É interessante observar também que a indústria têxtil foi pioneira no controle de máquinas por dispositivos binários, através dos cartões perfurados usados nos tearesJacquard.
É dividida basicamente em fiaçãotecelagemmalhariabeneficiamento de tecidos e confecção, podendo ser uma indústria verticalizada, com todos os processos, ou ainda ter somente uma ou algumas fases da produção. Outros processos intermediários como por exemplo: engomadeira ou engomagem. A indústria têxtil possui também setores administrativos, manutenção e apoio.
A industria têxtil pertence a cadeia produtiva têxtil, cujo início se encontra nos produtores de matérias-primas (algodão e demais fibras), insumos (corantes têxteispigmentos têxteis, produtos auxiliares etc), e nos fabricantes de máquinas e equipamentos têxteis. A mesma encerra-se no comércio de venda final ao consumidor

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_t%C3%AAxtil

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Olá internautas,criamos esse blog com a finalidade de deixar vocês por dentro de todas as novidades tecnologicas da área textil, então  postamos algumas novidades da industria têxtil para vocês ficarem atualizados sobre novas tecnologias no setor têxtil.


Até a proxima postagem.
 
 Pesquisadores testam o tecido que elimina bactérias
Tecido autolimpante
Fonte: Universidade da Califórnia

Cientistas desenvolvem produto capaz de eliminar bactérias e pesticidas presentes em tecidos

Uma pesquisa da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, promete livrar os tecidos de restos de pesticidas e bactérias nocivas à saúde quando expostas à luz. Dois alunos de doutorado da Divisão de Têxteis e Vestuário desenvolveram um tecido autolimpante, ao incorporar um tipo de ácido às fibras do tecido. O produto ainda está em fase de teste, sem previsão de data para comercialização.

Apesar de incolor, o ácido tem estrutura parecida ao de corantes usados na indústria têxtil. Com essas características, o produto se mescla facilmente a diferentes tipos de fibras naturais e sintéticas. Durante a experiência, os pesquisadores misturaram dois tipos de bactérias e um pesticida ao tecido. Ao ser exposto ao sol, os produtos quimos reagiram e eliminaram quase 100% das bactérias e 90% dos inseticidas.

O produto inovador trará benefícios não só para os consumidores em geral, mas também para profissionais de vários setores. Além dos profissionais da saúde, cuidadosos com os riscos de infecções bacterianas, os cientistas afirmam que o produto também auxiliará os produtores da agroindústria que trabalham diretamente com pesticidas.

Saiba mais sobre a inovação acessando o site da revista Galileu e assista ao vídeo da Universidade da Califórnia sobre a descoberta.
 http://www.sebrae.com.br/setor/textil-e-confeccoes/o-setor/inovacao-e-tecnologia/integra_bia/ident_unico/19088